terça-feira, 9 de julho de 2019

Zito Righi E Seu Conjunto - ALUCINOLÂNDIA (1969) Reedição SUPERFLY RECORDS




Continuando a misturar Samba com Samba, ou melhor, com Samba Rock vamos entrar com um Samba que por conta de sua extrema raridade se transformou em um clássico dos salões nas mãos dos discotecários e dançarinos da época. Poema Rítmico do Malandro ou Alucinolândia, composição de Sonia Santos e arranjos de Zito Righi e a nossa musica principal neste disco, mas também vamos encontrar mais algumas perolas como Once In A While e Hert.

Resumindo, este disco de Zito Righi sintetiza bem a busca dos discotecários da época que não se preocupavam nem um pouco em nacionalizar ou internacionalizar o ritmo que trazia a galera pras pistas para dançar, o negocio mesmo era buscar e por a bolacha pra rodar.

Como não encontramos muita coisa a respeito do maestro Zito Righi resolvemos transcrever um texto escrito por Antônio Franco [você pode ampliar a foto com boa resolução ou entrar no site da postagem original] (
http://arquivodosambarock.blogspot.com/2012/02/zito-righi-e-seu-conjunto-1969.html), na contra capa deste disco e transcrito aqui na integra, incluindo se ai os vários pontos e vírgulas. Mas o que nos chama atenção é o fato do escritor nos passar a ideia de que este disco foi o primeiro com o nome de Zito Righi sendo que ao darmos um giro pela net logo nos deparando com discos de Zito gravados em datas anteriores ao deste…

Fonte: Arquivo do Sambarock

Ps: Esse Lp foi reeditado pelo selo francês "SuperFly Records", muito bem remasterizado e prensado no Japão em 180 gramas (2014).

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quinta-feira, 2 de maio de 2019

Ray Charles - What'd I Say - 1959 (Lp Mono Atlantic Records 8029)




What'd I Say é o quinto álbum de estúdio de Ray Charles, com gravações de 11 de setembro de 1952 a 18 de fevereiro de 1959 e lançado em 19 de outubro de 1959. Alcançou a posição # 20º na Billboard em "Álbuns Pop" gráfico de 1962. O álbum lançado foi o primeiro sucesso no Top 10, "What'd I Say", e se tornou seu primeiro disco de ouro. Um Grande Clássico do R&B, Soul, Jazz e Funk.

" What'd I Say " (ou " What I Say ") é uma canção americana de rhythm and blues de Ray Charles, lançada em 1959. Como um single dividido em duas partes, foi uma das primeiras músicas de soul . A composição foi improvisada uma noite no final de 1958, quando Charles, sua orquestra e cantores de apoio tocaram todo o seu set list em um show e ainda tinham tempo sobrando; a resposta de muitos públicos foi tão entusiasmada que Charles anunciou ao produtor que iria gravá-lo.

Os arranjos foram feitos por Belford "Sinky" Hendricks, que também fez os arranjos para as partes 1 e 2 do single. Após sua sequência de sucessos de R & B, essa música finalmente quebrou Charles na música pop mainstream e desencadeou um novo subgênero de R & B intitulado soul, finalmente reunindo todos os elementos que Charles criava desde que ele gravou "I Got a Woman" em 1954.

As influências do gospel e da rumba, combinadas com as insinuações sexuais da canção, a tornaram não apenas amplamente popular, mas muito controversa para o público branco e negro. Ray Charles ganhou seu primeiro disco de ouro e tem sido uma das músicas mais influentes na história do R & B e do rock and roll. Pelo resto de sua carreira, Charles fechou todos os shows com a música. Foi adicionado ao National Recording Registry em 2002 e ficou em 10º lugar nas " 500 melhores músicas de todos os tempos " da Rolling Stone


Bonus: Rockhouse Part 1 & 2 em 45 rpm, versão imortalizada pelos Dj's de Samba Rock em São Paulo)!!!.


Músicos que participaram das gravações.


Ray Charles – piano, piano elétrico Wurlitzer , órgão Hammond , vocais
David Newman – saxofone tenor, saxofone alto (faixas 1, 3, 4, 5, 6, 8, 9, 10)
Emmett Dennis – saxofone barítono (faixas 3, 5, 6, 8, 9, 10)
Bennie Crawford - saxofone barítono (faixas 1, 4)
Marcus Belgrave - trompete (faixas 3, 4, 8, 9)
Lee Harper - trompete (faixas 3, 8, 9)
Ricky Harper - trompete (faixas 5, 10)
Joe Bridgewater - trompete (faixas 5, 6, 10)
John Hunt - trompete (faixas 4, 6)
Edgar Willis - contrabaixo (faixas 1, 3, 4, 5, 8, 9, 10)
Roosevelt Sheffield - contrabaixo (faixa 6)
Richie Goldberg - bateria (faixas 3, 8, 9)
William Peeples - bateria (faixas 5, 6, 10)
Teagle Fleming - bateria (faixa 4)
Milt Turner - bateria (faixa 1)
Mary Ann Fisher - vocais (faixas 5, 10)
The Raelets - grupo vocal (faixas 3, 5, 8, 9, 10)
desconhecido - trompete, saxofone, contrabaixo, bateria (faixas 2, 7)


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domingo, 20 de janeiro de 2019

Roberto Carlos Jovem Guarda - 1965 (CBS 37.432 MONO) Restaurado FLAC



Um dos maiores sucessos de sua carreira, essa música projetou Roberto Carlos nacionalmente para uma carreira de grande sucesso, sendo lembrada até hoje por todos os seus fãs. "Clássico e hino da Jovem Guarda", essa música foi inspirada em sua namorada, Magda Fonseca, que ele a conheceu enquanto fazia a divulgação do seu primeiro Lp na Rádio Carioca, filha do dono "Alceu Nunes Fonseca", ela foi a responsável por dar uma renovada na programação, inserindo programas jovens e chamando atenção da audiência desse público.

Seu pai não queria o envolvimento da filha com ninguém do meio artístico, o pai de Magda era separado de sua mãe e mantinha uma outra família com uma filha já adolescente. Por uma contingência moral própria da época, era ocultado dessa garota o fato de que seu pai teve uma outra família e mais cinco filhos. Portanto, a garota se julgava filha única e Alceu Nunes Fonseca procurava a todo custo manter essa aparência.

Mas isto tornou-se mais difícil no momento em que o nome Magda Fonseca começou a aparecer na imprensa, especialmente nas colunas de fofocas, que falavam do namoro do jovem cantor Roberto Carlos com a filha do dono da Rádio Carioca. "Isto incomodou muito meu pai, porque ele estava sendo cobrado em casa pela outra mulher, que não queria que meu nome aparecesse na imprensa", diz Magda. Alceu estava realmente aborrecido e arrependido de ter permitido à filha trabalhar na emissora, até porque ela desobedecera sua ordem de não se envolver com ninguém do meio radiofónico.

A solução foi um curso básico de Inglês por apenas três meses no exterior. "Eu fui conquistada a viajar para os Estados Unidos. Qual moça não gostaria de ir para Nova York fazer um curso de inglês?", diz Magda. Ainda mais naquela época, auge da beatlemania, podendo ver de perto John, Paul, George, Ringo e outros ídolos do rock que ela tanto gostava de ouvir e
de programar na Rádio Carioca.

Dias antes de seu embarque para Nova York, em fevereiro de 1965, Magda Fonseca acompanhou Roberto Carlos ao estúdio da CBS durante a gravação do álbum Roberto Carlos canta para a juventude. Duas canções daquele disco são marcantes e representativas dessa fase do namoro deles. A primeira é Não quero ver você triste, pois Roberto Carlos costumava declamar seus versos para Magda sempre que a percebia tristonha ou chateada. Quando estavam no automóvel
conversível do cantor, ao citar o trecho, "enxugue a lágrima/ não chore nunca mais/ e olha que céu azul/ azul até demais", ele abertava o botão para abrir o teto do carro e mostrar o céu para a namorada.

A outra canção daquele disco é Os velhinhos, composição de José Messias, que fala de um romance que dura até a velhice do casal. No momento em que Roberto Carlos cantava essa música no estúdio, Magda comentou com Edy Silva. "Será que eu e Roberto vamos mesmo alcançar esse tempo juntos?" Edy deu aquela resposta óbvia, afirmativa. "Claro, Magda, vocês são muito apaixonados." E essa paixão Roberto Carlos manifestou na balada Emoção, que compôs na época em parceria com Erasmo e depois entregou para Os Vips gravarem.

A letra fala exatamente desse momento da viagem de Magda para os Estados Unidos. "Eu queria pedir pra você ficar/ mas a voz não me saiu/ e eu não pude nem falar/ eu queria pedir pra você não ir/ e ficar perto de mim/ eu queria lhe pedir..." Porém, na segunda parte, ele manifesta a certeza de que a viagem não afetará o relacionamento dos dois, porque "o nosso amor é grande até demais/ e vai durar até você voltar...". E se eram mesmo apenas três meses de ausência, que passassem logo, porque Roberto Carlos ficou aqui contando os dias para o reencontro. O problema é que, depois de fazer o curso básico, Magda decidiu ficar mais três meses para fazer o curso intermediário. Depois seu pai insistiu para ela ficar mais alguns meses para fazer o curso avançado. "E assim eu acabei ficando um ano em Nova York, porque estava achando aquilo tudo muito interessante", diz Magda, que ali acompanhou, entre outras coisas, o lançamento de Help!, dos Beatles, e a explosão dos Rolling Stones com Satisfaction, o maior hit de 1965 nos Estados Unidos.

Enquanto isso, no Brasil, Roberto Carlos remoía-se de tristeza e saudade da namorada. No tempo em que Magda esteve fora, o casal se comunicava por telefone, cartas e fitas de rolo, que iam e voltavam pelo correio. Nas fitas, além de gravar mensagens para a namorada, Roberto Carlos mostrava novas canções que estava compondo - algumas dedicadas especialmente a ela. Foi assim em maio de
1965, quando Magda recebeu uma fita em que Roberto Carlos mostrava uma música composta naqueles dias de saudade e de alegria por saber que os três meses de ausência da namorada estavam acabando. E o título da nova canção era exatamente A volta: "Estou guardando o que há de bom em mim/ para lhe dar quando você chegar/ toda a ternura e todo o meu amor/ estou guardando pra lhe dar...". E um lindo tema para saudar o reencontro de um casal apaixonado, como destaca o autor na segunda parte da letra: "Grande demais foi sempre o nosso amor/ mas o destino quis nos separar/ e agora que está perto o dia de você chegar/ o que há de bom vou lhe entregar...". Mas Magda não voltou no prazo prometido, o que deixou Roberto Carlos muito triste e chateado. Tão chateado que ele nem quis gravar A volta. Preferiu entregar esta também para a dupla Os Vips, que na época a levaram para os primeiros lugares das paradas. A volta só seria gravada por Roberto Carlos quase quarenta anos depois, e de novo fazendo muito sucesso, como um dos principais temas da novela América, da TV Globo.

Mas então chegou o inverno de 1965, quando Roberto Carlos estava nos bastidores daquele cinema de Osasco. E ele expressou sua saudade de Magda com um desabafo, mandando tudo para o inferno. "Eu queria que tudo fosse realmente para o inferno. Naquela música eu queria dizer que para mim o que importava era o amor, a saudade que eu sentia e aquelas coisas que envolviam o meu estado de
espírito. Então, no momento em que eu fiz aquela música, pouco importava o resto do mundo, porque na minha opinião só o que valia era o amor que eu sentia. Então, que tudo mais fosse realmente pro inferno." No dia seguinte, ele procurou Erasmo para mostrar a primeira parte e o refrão da nova música. "Erasmo, bolei um tema aqui, o que você acha?" Erasmo ficou entusiasmado com o que ouviu e juntos fizeram a segunda parte e o restante da letra de Quero que vá tudo pro inferno. Foi
um trabalho de dois meses, aproveitando intervalos de shows, viagens e programas de televisão.

Por volta de agosto de 1965, Magda recebeu uma nova fita de Roberto Carlos na qual ele mais uma vez chorava sua ausência e dizia ter composto uma nova música especialmente para ela. "Oi, Guida, eu continuo aqui sentindo muita saudade de você. Outro dia fui cantar no interior de São Paulo e estava um frio tão grande, mas tão grande que lamentei muito por você não estar ao meu lado para me aquecer Então eu desabafei tudo nesta música que fiz especialmente pra você." E Roberto Carlos cantou ao violão os versos e a melodia da canção que brevemente milhões de brasileiros saberiam de cor. "De que vale o céu azul e o sol sempre a brilhar/ se você não vem e eu estou a lhe esperar só tenho você no meu pensamento e a sua ausência é todo o meu tormento quero que você me aqueça
nesse inverno e que tudo mais vá pro inferno..." Magda ficou sensibilizada com a mensagem do namorado mas não voltou imediatamente para o Brasil porque faltavam ainda alguns meses para concluir o curso de inglês.

Para quem Roberto Carlos mostrava a música, a reação era sempre entusiasta''.. fiquei alucinada quando ouvi esta composição pronta", afirma Edy Silva. Uma das primeiras pessoas da gravadora a quem Roberto Carlos mostrou a nova canção foi o diretor de relações públicas Othon Russo. "Eu me lembro como se fosse hoje. Estava saindo do prédio da C B S quando Roberto chegou de táxi com seu violão I." foi ali mesmo, na portaria, que Othon Russo foi apresentado a Quero que vá tudo pro inferno. "Othon, o que você acha desta música "Grava logo, isto vai ser sucesso na certa", disse o experiente divulgador. Quando Evandro Ribeiro ouviu, também não teve dúvida: aquela seria a música de trabalho, a faixa de abertura do próximo álbum de Roberto Carlos. Outro que conheceu Quero que vá tudo pro inferno antes de ser gravada foi Nené, então baterista dos Beatniks, num encontro no apartamento de Edy Silva.

Logo depois de Roberto Carlos cantar o refrão, Nené se levantou do sofá e exclamou: "Cara, esta música é do caralho! Isto vai explodir, vai ser um puta sucesso". Reações como esta ,o cantor ouviu de várias outras pessoas a quem mostrou Quero que vá tudo pro inferno. Mais do que um sucesso, aquilo era uma bomba musical que Roberto Carlos tinha nas mãos. Quando essa bomba explodisse,
a carreira do artista ia dar uma guinada de 180 graus. Mas antes Roberto Carlos recebeu uma proposta para apresentar um programa de televisão. E para a sorte da TV Record a bomba explodiu quando já estava no ar o programa Jovem Guarda.

Em novembro de 1965, Roberto Carlos entrou em estúdio para gravar o seu quinto álbum, Jovem Guarda. A ideia de batizá-lo com o mesmo título do programa foi do chefe de divulgação da CBS, Othon Russo, sob o argumento de que isto reforçaria tanto a venda do disco como a audiência do programa. O produtor Evandro Ribeiro concordou e Roberto Carlos, embora ainda continuasse achando aquele nome meio esquisito, não se opôs. E não tinha mesmo com o que se preocupar, porque o importante daquele disco não seria o título nem a capa, e sim o repertório, que tinha Lobo mau, Mexerico da Candinha, Pega ladrão, Não é papo pra mim. e, principalmente, a faixa de abertura Quero que vá tudo pro inferno.

Nessa gravação, Roberto Carlos foi mais uma vez acompanhado pela banda Youngster, mas sem o uso do sax de Sérgio Becker. O complemento da base ficou novamente com o órgão de Lafayette. O sucesso da música começou dentro da própria CBS. Todos comentavam e queriam ouvir a fita com a nova gravação. Fato pouco comum, até o pessoal do escritório ia à sala da técnica para ouvir Quero que vá tudo pro inferno. E todos diziam que a música seria um sucesso. Evandro Ribeiro dizia isso; Lafayette dizia; o técnico Jairo Pires dizia. E todos se enganaram, porque ela não foi apenas um sucesso. Foi a de maior impacto popular na história da música popular brasileira.

Até então, nenhuma outra canção lançada no Brasil tinha causado tanta polémica e repercussão. "Quero que vá tudo pro inferno foi o fenómeno de massa mais intenso que eu vi na minha geração", afirma Caetano Veloso. A rigor, essa gravação não foi lançada, explodiu. Na época, um padre carioca, António Neves, reagiu antes mesmo de ouvir a nova canção. "Eu levei um choque quando soube do título era Quero que vá tudo pro inferno. Imagine se a mocidade toda começa a cantar isso!". Uma canção que assustava alguém apenas com a leitura de seu título, o que não poderia provocar quando todos começassem a ouvir o refrão com aquelas mesmas palavras? "Para a época, aquilo foi realmente uma coisa muito forte, agressiva. É como se hoje fosse lançada uma música com o refrão "quero que vá tudo pra puta que o pariu"", compara a cantora Wanderléa. Essa comparação é pertinente, mas, talvez, depois da liberação dos costumes e de tantas outras músicas com o tema da libertinagem, um puta que pariu hoje causasse menos impacto do que o provocado pela canção de Roberto Carlos em 1965. "Aquilo assustou muita gente naquele ambiente de forte religiosidade.

Quero que vá tudo pro inferno foi uma febre, uma verdadeira coqueluche, como se dizia na época. E ninguém podia evitar a música de Roberto Carlos, que alcançava mesmo quem não a procurasse, mesmo quem não quisesse, mesmo quem não gostasse. A letra não seguia a temperatura ambiente. Em pleno verão, sob um sol de 40 graus à sombra, toda a juventude brasileira, suando e resfolegando,
cantava freneticamente o refrão-. "Quero que você me aqueça nesse inverno / e que tudo o mais vá pro inferno...". Foi talvez a primeira vez que alguém ousou praguejar através de uma canção popular no Brasil. "A música tocava alucinadamente na rádio e provocava uma emoção coletiva, pois todos paravam tudo para ouvir. Como explicar um sucesso tão grande e fulminante? O que essa canção trazia de tão especial? Na época, educadores, sociólogos e psicólogos teorizaram sobre o tema e muitos deles amarraram interpretações para além de um mero drama amoroso. O refrão conteria um grito rebelde contra todos os males existenciais e urbanos: repressão familiar, social e política, baixos salários etc. "Quero que vá tudo pro inferno deu voz a um estado de espírito geral da atualidade brasileira", afirmou o poeta Augusto de Campos.

Por tudo isso, esta é uma das mais importantes canções produzidas no Brasil. Nesse sentido, ela bem poderia ser o outro lado de um disco com Chega de saudade, de Tom e Vinícius, na versão bossa nova de João Gilberto. As duas canções ganharam projeção histórica e são marcos referenciais de movimentos musicais. E ambas são ainda mais emblemáticas porque, enquanto a gravação de João Gilberto resultou na canção de maior impacto estético da história da MPB, a de Roberto Carlos foi certamente a de maior impacto social. A repercussão da música alavancou a audiência do programa Jovem Guarda, que por sua vez amplificou ainda mais o sucesso da canção. Note-se que o programa estreou em agosto de 1965 com uma audiência apenas razoável de 15,5%. E assim se manteve até o final de novembro, quando então foi lançado Quero que vá tudo pro inferno. A partir daí, os índices de audiência começaram a crescer, alcançando o pico de 38% no mês de abril de 1966. O programa Jovem Guarda tornou-se assim, definitivamente, uma brasa, mora?

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domingo, 13 de janeiro de 2019

Roberto Carlos - 1967 - Em Ritmo de Aventura - CBS 37.525 (MONO Restaurado) FLAC





Clássico álbum que deu origem ao filme "Em Ritmo de Aventura", uma possível inspiração no filme "Spinout", lançando entre 1966 e 1967 que tem Elvis Presley como o astro da película. Roberto Carlos em Ritmo de Aventura é o oitavo álbum do cantor e compositor Roberto Carlos, de 1967.

Foi gravado entre 16 e 18 de agosto, com exceção da faixa Eu Sou Terrível, gravada em outubro. Lançado em novembro de 1967. A última faixa foi gravada nas sessões do disco do ano anterior e lançada em compacto simples em março de 67. Também foram gravadas nas sessões de agosto para esse disco outras duas faixas, lançadas antecipadamente em compacto simples e não incluídas no LP

Basicamente as doze músicas do Lp foram sucessos na rádio entre o final dos anos 60 ao longo dos anos 70, sendo que naquele tempo as músicas ficavam até mais de 3 anos sendo executadas nas rádios porque os meios de comunicação eram diferentes de hoje. Um dos destaques do disco, a faixa Quando, foi gravada em dos takes do filmes ao estilo videoclipe, terraço do edifício Copan, em São Paulo.

Nesse disco ocorreram a participação de inúmeros músicos de estúdio, incluindo naipe de metais, quarteto de cordas, flauta, gaita, além da base ter sido feita por alguns membros de Renato e seus Blue Caps e alguns músicos do RC-5 e da banda de Lafayette. O tecladista Lafayette teve contribuição decisiva e brilhante em quase todas as faixas, substituindo eventualmente o órgão hammond por piano e cravo.

Nos primeiros 15 dias de lançamento, o álbum vendeu rapidamente, mais de 50 mil cópias no Brasil. Outra curiosidade,
esse álbum foi o primeiro em sua discografia a ser lançado em duas versões para os consumidores na época: Mono e Stereo. o Disco também foi um dos mais vendidos naquele ano: 514.379 cópias, segundo informações da revista veja em 1970.

Numa versão brasileira da revista Rolling Stone, o LP foi eleito em uma lista como o 24º melhor disco brasileiro de todos os tempos.

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segunda-feira, 7 de janeiro de 2019

Roberto Carlos - Splish Splash - 1963 - CBS 37.304 (MONO) RESTAURADO







Roberto Carlos - Splish Splash (1963)
(Flac) Tracks - Scan em 600 dpi (scan de capa, contracapa e selos)
Total de Faixas: 12
Tempo Total: 30:14
Tamanho Total: 152.5 MB
Gravadora: CBS
Catálogo: 37.304

Após os fracassos dos primeiros 78 rotações e do seu primeiro Lp "Louco Por Você", Roberto Carlos investe no Rock e lança um dois 78 rotações em 1962 que tocaram razoavelmente nas rádios, o que dá um fôlego para ele gravar mais um 78 rpm entre o primeiro e o segundo semestre de 1963. Erasmo Havia feito a versão de Splish Splash, sucesso original gravado por Bobby Darin, a sua versão acabou sendo até melhor do que a gravação original e lhe deu uma projeção maior no Rio de Janeiro e em alguns estados do Nordeste. Roberto Carlos ainda trabalhando no ministério da fazenda, um dia inspirado, compõe os primeiros versos de Parei na Contramão, mas devido a agitação no trabalho não conseguiu conclui-la e pediu ajuda a Erasmo Carlos, selando a primeira música da dupla e uma parceria de composição que dura até os dias de hoje.

O Segundo Lp foi lançado num momento em que Evandro Ribeiro decidiu investir mais na divulgação de artistas do cast da gravadora, uma das divulgadoras contratadas foi Edy Silva, que ajudou muito o Roberto Carlos nesse início de Carreira. Ela solicitou ao Evandro Ribeiro mais duas do no Lp para fazer uma divulgação mais agressiva, atendido o pedido, as músicas selecionadas foram: Parei Na Contramão e Na Lua Não Há. Edy e o cantor, percorreram por todas as rádios de São Paulo fazendo divulgação desse 78 rotações e do seu recém lançado LP. Em poucos dias, Parei na contramão se tornou o primeiro grande sucesso de Roberto Carlos em São Paulo. De lá, o sucesso se espalhou para o Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Minas Gerais. Da sede da CBS no Rio, Othon Russo divulgou o disco para outras regiões do país.

Aquela gravação tornou-se, assim, o primeiro sucesso de Roberto Carlos a atingir simultaneamente Rio e São Paulo, o Norte e o Sul do país. "Esta é uma música simples, não tem nada de especial, mas pra mim representa muita coisa, justamente porque foi o meu primeiro sucesso nacional. Parei na contramão é a minha moedinha número um", diz Roberto Carlos.

Uma curiosidade sobre esse disco, ele foi lançado depois do 1º compacto duplo em julho de 1963 com as músicas de maior sucesso até aquele momento: Triste e Abandonado/Malena/Splish Splash/Baby, Meu Bem. Em fevereiro de 1964 foi lançado um segundo compacto com as músicas: Parei na Contramão/Relembrando Malena/Na Lua Não Há/Professor de Amor. Em julho de 1964 Roberto lança o seu 3º disco intitulado "É Proibido Fumar", o single e 78 rotações com as músicas: O Calhambeque/Minha História de Amor, além do 3º e último compacto 2º do álbum: Quero Me Casar Contigo, Só Por Amor/Nunca Mais Te Deixarei?Oração de um Triste, assim encerrando maiores divulgações do álbum. Quando Roberto atingiu grande popularidade por todo o país, antes mesmo do programa Jovem Guarda, segundo dados de uma revista da época, o Álbum Splish Splash teria vendido menos de 10 mil cópias (9.555), e os compactos duplos desse Lp tinha mais saída, a gravadora decidi retirar o Lp de catálogo entre 1965/1966, e por quase 20 anos, apenas os compactos estavam na praça, o que fazia muitos acharem que o 1º disco de Roberto Carlos, fosse o "É Proibido Fumar". Esse disco só voltou ao catálogo de vendas da gravadora em março de 1985, além de uma fita k7 para aqueles que não tinham condições de comprar o Lp, ou por praticidade, e os compactos duplos saíram definitivamente de catálogo.

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Álbum restaurado e convertido em FLAC.

Jorge Ben - 1963 - Samba Esquema Novo (Lp Mono 1963) Philips - P 632.161 L