quinta-feira, 27 de dezembro de 2018

Roberto Carlos - 1961 - Louco Por Você (Columbia 37.171) Restaurado





Lançado entre Julho/Agosto de 1961 (Não se sabe ao certo a data exata), Louco Por Você foi o primeiro Lp de Roberto Carlos lançado pela Colúmbia, produzido por Carlos Imperial, contratado por Roberto Côrte Real em 1960, diretor artístico da gravadora na época. Roberto Carlos foi crooner na Boate Plaza, o que lhe rendeu certa experiência, e "Côrte Real", sabia que ele poderia gravar outros ritmos e estilos musicais diferentes.

O Repertório do disco foi baseado no estilo de 4 cantores de grande repercussão naquela época: João Gilberto (Bossa Nova), Anísio Silva (Bolero), Sergio Murilo (Rock, balada, Cha-Cha-Chá) e Miltinho (Samba) - não por acaso quatro cantores de vozes pequenas, nasais,como a de Roberto Carlos.

Para o diretor artístico Roberto Côrte Real, um daqueles alvos apontaria o futuro de Roberto Carlos. Ou seja, dependendo da faixa que obtivesse maior aceitação, ele seguiria na linha de João Gilberto ou daria uma guinada de 180 graus para ser um novo Anísio Silva ou ficaria na linha intermediária de Miltinho ou, quem sabe, avançaria na trilha dos brotos legais de Sérgio Murilo. Nesse sentido, o primeiro LP de Roberto Carlos foi uma espécie de laboratório. Hoje seria considerado um álbum eclético, plural, lounge de primeira ordem, mas na época revelou mais a indecisão do estilo do jovem cantor.

Os arranjos do disco ficaram a cargo do maestro paulista Astor Silva, que começou sua carreira como trombonista de dancings. Na década de 1940, ele integrou a Orquestra Tabajara, de Severino Araújo, e, mais tarde, a orquestra do maestro Carioca. Depois de montar seu próprio conjunto e orquestra, Astor Silva acompanhou gravações de cantores como Moreira da Silva, Nora Ney, Emilinha Borba e Elza Soares. Ele entrou na CBS em 1960, para ocupar o cargo de maestro e arranjador-chefe. E foi exatamente nessa dupla função que ele trabalhou no primeiro álbum de Roberto Carlos.

As duas primeiras faixas gravadas foram o chachachá Louco por você (versão
de Careful, careful) e o bolero Não é por mim. Esta uma composição de Carlos
Imperial (em parceria com Fernando César), que traz tudo a que o ritmo tem
direito: congas, maracas, bongôs, orquestra de cordas e piano. Mas, mesmo ali, a
interpretação de Roberto Carlos revela a nítida influência do João Gilberto de Hôba-
lá-lá - a não ser por um importante detalhe.

Logo após a gravação de cada faixa, Roberto Carlos ia ansioso para a mesa de
som ver os resultados. E depois de mais uma audição atenta, ele ficou incomodado
com um trecho da melodia do bolero Não é por mim. A frase "todo o amor que eu
sinto agora", especialmente a palavra final da frase "agora" - soava estranha para
Roberto Carlos. E ele queria refazer a gravação. Mas Carlos Imperial disse que não,
porque estava tudo bem. Alguns músicos que participaram da gravação também
disseram que não viam problema algum. Mas Roberto não se convencia e
continuava incomodado, achando que tinha desafinado naquela passagem da
melodia. Enquanto ele ouvia mais uma vez a gravação, eis que entra na sala da
técnica o cantor Tito Madi, na época um dos contratados da gravadora Columbia.
Ora, ninguém melhor do que seu ídolo Tito Madi para tirar aquela dúvida atroz. E,
humildemente, Roberto pediu para Tito ouvir a faixa e dar o seu parecer. Já um
pouco cansado com aquela insistência, o técnico Umberto Contardi colocou a fita
para rodar mais uma vez. E, depois de ouvi-la, Tito Madi deu o seu veredicto com
segurança: "Roberto, você não desafinou. Você semito-nou um pouquinho. Se
botarem um pouco de eco aí ninguém vai perceber nada". Semitonaré quando um
cantor emite uma nota um pouco fora da nota exata da melodia e, em alguns casos,
dá mesmo para ajeitar isso com um pouco de eco, processo feito na mixagem.

Ainda que um pouco cabreiro, Roberto aceitou a sugestão de Tito. Afinal, era
a palavra de uma autoridade, Tito Madi, autor de Chove lá fora, Carinho e amor e
tantas outras canções que enterneciam o jovem Roberto Carlos. E se Tito Madi
estava dizendo que não havia desafinação, o estúdio da Columbia não ia parar para
refazer tudo de novo por puro capricho e perfeccionismo de um cantor estreante.
Naquele momento não havia espaço nem tempo para isto, e o técnico Umberto
Contardi também não via problema nenhum na gravação. E assim o disco foi liberado 
para prensagem com recomendação de que se colocasse um pouco de eco na faixa 
Não é por mim.

Entretanto, quando o disco saiu e Roberto Carlos foi ouvi-lo, não teve mais
nenhuma dúvida: ele desafinava feio naquele trecho da melodia do bolero. O
cantor ouviu a gravação com outras pessoas e agora todos pareciam concordar: ele
desafinava mesmo. Tito Madi errou. Carlos Imperial errou. Todos erraram. Roberto
Carlos chorou. Caramba, logo na primeira faixa, no seu primeiro álbum, uma desafinação - e não teve eco que desse jeito.

Era uma triste ironia. O cantor que surgiu com a promessa de ser um novo astro da bossa nova, quem sabe um novo João Gilberto, literalmente desafinava - e cantando um bolero típico do repertório de Anísio Silva. É principalmente por causa disso que esse primeiro e histórico LP de Roberto Carlos permanece até hoje excluído dos relançamentos de sua discografia.

Outra coisa que Roberto Carlos não gostou daquele disco foi a capa - porque esta saiu sem a sua imagem. O cantor chegou a posar para várias fotos, mas Roberto Côrte Real considerou que nenhuma ficou suficientemente boa para o disco. "Eu não era fotogênico, estava inibido, não fiquei bem", reconhece o cantor, que na época imaginou que fosse ser chamado para fazer uma nova sessão de fotos.

Entretanto, Côrte Real decidiu lançar o disco sem a imagem de Roberto Carlos,
optando por uma capa temática, que era muito comum na época. Em vez da
imagem do cantor, a capa reproduzia o tema da canção-título - modelo consagrado
a partir da capa do álbum do musical Dançando na chuva. A capa do LP Pensando
em ti, de Nelson Gonçalves, por exemplo, em vez da foto do cantor, mostra uma
mulher solitária, fumando um cigarro e com o olhar perdido... pensando em
alguém. Da mesma forma, a capa do disco Chove lá fora, de Tito Madi, mostra uma
linda jovem sob a chuva. Pois Roberto Corte Real decidiu seguir esse modelo para o
LP Louco por você: a foto da capa mostra a troca de olhares de um rapaz e uma
menina, esta com uma margarida na mão fazendo aquele joguinho de "bem me quer, mal me quer" -loucura de amor para aqueles inocentes anos 60.

Mas, nesse 
caso, a gravadora nem se deu ao trabalho de fazer a produção da capa do disco. Roberto Côrte Real simplesmente mandou surrupiar a foto da capa do LP
Ken Griffin at the organ to each his own, que o organista Ken Griffin gravou para a
Columbia nos Estados Unidos. Como esse disco não foi lançado no Brasil, a filial
aproveitou a foto da capa, apagando as palavras em inglês e colocando o nome de
Roberto Carlos.

Quando o cantor soube que essa seria a capa de seu disco ficou muito
chateado e foi várias vezes falar com o diretor artístico Roberto Côrte Real. "Eu
implorei, pedi, conversei, quase chorei, me coloquei à disposição para uma nova
série de fotos, mas não teve jeito", lembra Roberto Carlos. Côrte Real explicou que o
fotolito já estava pronto e até que fizesse uma outra capa iria atrasar muito o
lançamento do disco. Roberto Carlos teve que se contentar mesmo com aquela capa
temática.

"Eu já sabia, mas foi a maior tristeza quando peguei o LP já pronto e não tinha
a minha foto na capa."

Mas não seria exatamente por causa da capa que o LP Louco por você
deixaria de fazer sucesso. Até porque aquela foi uma capa bonita para a época, com
uma bela foto de um belo e anónimo casal. E, além disso, Côrte Real e Carlos
Imperial usaram de alguns outros truques na produção do disco. No texto de
contracapa, por exemplo, Roberto Côrte Real afirma que Roberto Carlos é um
jovem cantor "nascido aqui mesmo no Rio de Janeiro". Segundo Imperial, este foi
um erro proposital: um cantor jovem carioca - como Sérgio Murilo - venderia mais
do que um cantor interiorano, de uma cidade com nome esquisito, Cachoeiro
de Itapemirim, que na época quase ninguém conhecia. Outro truque foi afirmar
que uma das faixas do disco, o chachachá Linda, seria uma versão de Carlos
Imperial para uma composição do americano Bill Caesar.

Na verdade, este é um autor inventado pelo próprio Imperial por acreditar
que, no caso de música jovem, sendo versão, teria mais chance de sucesso. Afinal, os
grandes sucessos de rock até então, como Estúpido cupido, Diana e Broto legal
eram basicamente versões de autores americanos. Na época não se levava a sério
um rock feito por brasileiro. E esse mesmo Bill Caesar aparece no primeiro disco de
Elis Regina, que Carlos Imperial produziu na Continental, em 1961.
Seria de autoria do americano a faixa Amor, amor, versão de Imperial para
Love, love. Como se vê, anos antes de Chico Buarque criar o fictício Julinho da
Adelaide, por razões muito diferentes, Carlos Imperial já inventava compositores
fantasmas.

Com tudo isso - capa surrupiada de disco americano, cantor interiorano
vendido como carioca, compositor americano fictício -, o primeiro álbum de
Roberto Carlos para a Columbia foi lançado em setembro de 1961, na expectativa de
que poderia realmente abrir um novo caminho para o jovem artista. "O pessoal da
gravadora estava muito otimista e eu ainda mais. Ninguém tinha dúvida quanto ao
êxito do LP", afirma Roberto Carlos.

A divulgação dos artistas da Columbia era comandada por Othon Russo, que
com o tempo se tornaria o mais influente e famoso chefe de divulgação do Brasil.
Na época, ele produzia e apresentava programas exclusivamente com o elenco da
gravadora, que comprava o horário nas emissoras. Um dos programas era Escala
Musical Columbia, reproduzido diariamente em várias rádios do Rio e de São
Paulo; havia também o programa semanal de televisão Columbia no Mundo da
Música, na TV Continental. E em todos eles Roberto Carlos tinha sua divulgação
garantida. Mas ele precisava de mais.

Contando com a ajuda de namoradas, amigas e amigas das amigas, o cantor
montou um esquema de divulgação paralelo que não dava trégua aos disc jockeys.
"Tinha pelo menos vinte garotas que passavam o dia inteiro ligando para as rádios,
pedindo as minhas músicas confessa o cantor. Um dos programas visados era o
Peça Bis pelo Telefone, produzido por Jair de Taumaturgo na Rádio Mayrinki
Veiga. Quando o locutor anunciava Louco por você, as meninas entravam em ação
ligando para a rádio pedindo para tocar a música de novo. O próprio Roberto
Carlos fazia o mesmo, ligando geralmente de um telefone público na farmácia
Pederneira, em frente à sua rua, em Lins de Vasconcelos. Era uma façanha: ligar
rápido, disfarçar a voz, inventar um nome, pedir a música, desligar, ligar de novo
com outra voz e outro nome...

Outro reforço importante foi o do próprio Carlos Imperial, que apresentava o
seu programa Os Brotos Comandam, diariamente na Rádio Guanabara, das cinco
às seis da tarde. Seu programa tinha pouca audiência, mas ele fazia uma grande
onda. "Alô, brotos, eu sou Carlos Imperial. Estou aqui na Rádio Guanabara do Rio
de Janeiro, avenida Darcio de Matos, 23,252 andar, para apresentar o seu, o meu, o
nosso programa, porque eu, você, nós gostamos de música jovem, nós gostamos de
Rooooberto Carlos..." E botava para rodar o disco Louco por você.

Por conta de todo esse trabalho de divulgação, em outubro de 1961 a faixa
Louco por você acabou despontando nas paradas, mas, como não era um sucesso
espontâneo, o LP vendeu apenas 512 cópias. O público ouvia no rádio, mas não
tinha interesse em comprar o disco. Em consequência, Roberto Carlos não recebia
propostas de shows - nem mesmo em churrascarias. Uma das poucas
oportunidades era acompanhar a caravana do locutor Luis de Carvalho, da Rádio
Globo, que saía com um grupo de artistas iniciantes percorrendo subúrbios e
cidades do interior do Rio de Janeiro. Ainda assim, isto não era garantia de público,
como ocorreu num clube no bairro de Cor-dovil, no final de 1961. 

Foi um show mal organizado, à noite, no meio de semana e sem nenhuma grande
atração. Resultado: 
quando Roberto Carlos subiu ao palco, havia apenas três pessoas 
na plateia - uma delas era Wan-derléa, uma garota de dezesseis anos que foi ao espetáculo porque morava perto do clube e queria conhecer Luis de Carvalho. Acabou conhecendo também Roberto Carlos, que naquela noite cantou Mister Sandman, faixa de seu primeiro LP. "Quando ele entrou no palco não parecia estar se importando se
havia muito público ou ninguém. Cantava com introspecção, como se fosse para a
amada dele que estivesse ali. Roberto me cativou com a interpretação dele em
Mister Sandman. Gostei dele", diz Wanderléa.

Como o salão estava vazio, o cantor não teve dificuldade em avistar
Wanderléa, que ficou bem próxima do palco. Depois do show, ele a chamou para
conversar, enquanto fazia um lanche no barzinho do clube. Nesse papo, Roberto
Carlos ficou sabendo que Wanderléa também gostava de cantar, sonhava em
gravar um disco e seguir a carreira artística. O pessoal da caravana já estava no
ônibus chamando Roberto Carlos para ir embora, e ele ali, comendo uma coxinha
de galinha, na maior prosa com Wanderléa. Alguém chamou o cantor mais uma
vez, insistindo que o ônibus já estava de partida. Roberto Carlos atendeu, mas,
antes de embarcar, ele puxou Wanderléa e sapecou-lhe um beijo na boca, para
espanto da adolescente. "Foi realmente um beijo roubado, de surpresa, eu não
estava esperando." Ousado este Roberto Carlos, não? Ainda mais sabendo que no
momento do beijo ele estava devorando uma coxinha de galinha. "Prefiro dizer que
era um sanduíche, porque fica melhor do que coxinha de frango. O beijo teve um
sabor salgado, gorduroso", recorda a cantora. No ano seguinte, Roberto Carlos e
Wanderléa voltaram a se encontrar, quando ela foi contratada para também gravar
um disco na Columbia. A partir daí, estreitaram a amizade e até engataram um
romance - que durante muito tempo tentaram negar. 

Trechos da biografia "Roberto Carlos e Detalhes", páginas: 90 a 95

Disco ripado no toca discos Technics SL-1410, com cápsula Ortofon 2M Red, placa de som Creative, além de um tratamento no áudio, tendo o cuidado de limpar os ruídos e chiados das faixas (Plugins Waves, Izotope RX 2) sem degradar a qualidade do áudio.

Arquivo em FLAC, 16 bits, 96 Khz (242 MB) 

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Postagem de outros estilos musicais


Aos amigos que acompanham o blog, eu
vou 
começar a postar outros estilos de música para servir como um estímulo constante de postagens, e também que o blog não fique longos períodos sem postagens. Mas a "essência" original do blog será mantida!

segunda-feira, 3 de dezembro de 2018

The Fevers - 2018 - Os Primeiros Anos (CBD/Philips)




The Fevers - Os Primeiros Anos (CBD/Philips) - 2018
FLAC (Tracks) Level 8
Bitrate: (630 a 703 kbps convertidos dos arquivos originais em Wav pelo Foobar 2000)
Tamanho Total: 123 MB

Ps: Sou colecionador de discos dos Fevers e durante esse anos de garimpo consegui os 3 primeiros compactos gravados na Philips (CBD). O áudio foi extraído por uma cápsula Ortofon 2M Red, toca discos Technics SL-1410 e placa de som da Creative. Limpei chiados e ruídos com o máximo de cuidados para não degradar a fonte original, talvez a música que fique um pouco da qualidade, se comparar ao restante do conteúdo, seja "Não Vivo Na Solidão", porque era a faixa que tinha um desgaste maior. No fim, áudios e equalizados e com um pouco de compressão pra dar um peso no som. Sei que existe as versões remasterizadas de "Wooly Bully" e "Não Vivo Na Solidão", mas fugiria da proposta original, que seriam as gravações em Mono.

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quarta-feira, 31 de outubro de 2018

Tim Maia - 1979 - Reencontro (Remasterizado)




Tim Maia lança o álbum "Reencontro" pela EMI Odeon em 1979, O disco anterior (Disco Club) foi um sucesso de vendas, e Tim seguiu essa linha de misturar Soul com Discoteca. Boogie Esperto é o tema de abertura do álbum, bem animada e descontraída, depois as faixas vão se intercalando entre uma música lenta e outra mais agitada. Desse mesmo disco teve os sucessos "Vou Com Gás", "Lábios de Mel", "Reencontro" e "Foi Para o Seu Bem" (Incluída na trilha da telenovela Nacional "Marrom Glacê").

Devido a um desentendimento na época do lançamento do Lp, a Emi Odeon rescindiu o contrato para 3 Lp's e abandonou o disco e o cantor à própria sorte, e o sucesso certeiro e retumbante se transformou em silencioso e imprevisto fracasso (mais detalhes na biografia "O Som e a Fúria de Tim Maia", páginas 113 a 115).

O álbum teve uma segunda edição pelo selo Fênix (Série Colecionadores) em 1984, após esse período a edição original ficou inédita até no formato CD. A gravadora lançou em 1987 a coletânea chamada "Velho Camarada", com 8 faixas do álbum "Reencontro" e mais 4 faixas, sendo 3 delas de 1979 ("Até Parece que foi Sonho", "Velho Camarada" e Chegou a Hora") e outra de 1983 ("Frente a Frente"), duetos em que Tim Maia participa como convidado e que foram grandes sucessos.

As músicas "Geisa", "Vou Correndo Te Buscar", "Para Com Isso" e "Garça Dourada" foram excluídas desse lançamento. Entre 1998/2002 a EMI incluiu apenas as faixas "Vou Correndo Te Buscar" e "Para Com Isso", lançando no mercado 10 faixas originais do álbum reencontro, excluindo as faixas instrumentais "Geisa" e "Garça Dourada".

Ps: Arte gráfica especialmente adaptada para CD (Inclui a arte gráfica do vinil). As músicas Geisa e Garça Dourada são as únicas que podem ter alguma diferença em relação as outras, foram restauradas a partir do vinil, preservando o máximo da qualidade original .

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quinta-feira, 24 de maio de 2018

Frankie Lymon - 1958 - Rock 'n Roll (Remasterizado) CBD/Philips




Nova postagem de um álbum raro no Brasil e nos Estados Unidos, Frankie Lymon estourou por aqui no final dos anos 50, tendo alguns 78 rotações lançados primeiramente pela Odeon e depois pela Companhia Brasileira de Discos (CBD/Philips) com contrato firmado para o lançamento dos 3 álbuns do cantor (Teenagers Featuring: Frankie Lymon -1956, Frankie Lymon At The London Palladuim - 1957 e Frankie Lymon Rock 'n Roll - 1958) entre 1960 a 1963, numa época em que a primeira geração do Rock estava em alta no Brasil. A Philips lançou alguns álbuns de artistas internacionais na "Série Teenagers", catálogo apenas de música jovem, entre eles: Brenda Lee, Frankie Lymon, Jimmie Rodgers, Ronnie Hawkins, Marty Wilde entre outros.

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sábado, 19 de maio de 2018

The Silvery Boys - 1968 - Você Balança o Meu Coração (RGE/Som Livre)




The Silvery Boys é um grupo carioca formado em 1965 que fez parte da Jovem Guarda na década de 1960. O grupo foi apadrinhado pelo compositor, radialista e apresentador de TV José Messias, o conjunto gravou dois discos e compactos entre 1965 e 1968, sendo conhecido como "a famosa bandinha de Campo Grande". Voltando ao foco que é o "samba rock", o álbum foi relançado pela Som Livre (que hoje é detentora dos antigos selos: RGE/Fermata/Som Maior) em 2018 numa série limitada que vale o investimento pela música "Você Balança o meu Coração", clássico dos bailes.


quinta-feira, 17 de maio de 2018

Banda Black Rio - 1977 - Maria Fumaça (Polysom/Warner Music)


Banda Back Rio é um grupo carioca que surgiu nos anos 70, formado por Oberdan Magalhães. O grupo mostrava influências do Samba de gafieira, do Funk americano de James Brow, e Jazz, elementos necessário para o som da banda e do mercado musical da época. O grupo fez parte do movimento Black Rio, que trouxe a música negra para os holofotes e assédios da imprensa e da indústria fonográfica. O disco da banda foi bem recebido pelo público e a música "Maria Fumaça" foi tema de abertura da telenovela das sete "Locomotivas", pela rede Globo. O Lp teve reedições ao longo dos anos tanto em CD como Lp (ou vinil), entre essas reedições, a Polysom reeditou o disco da postagem a partir de 2013, alem de figurar a 38º posição da lista brasileira dos 100 melhores discos de todos os tempos pela revista Rolling Stone.

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Jorge Ben - 1963 - Samba Esquema Novo (CBD/Philips)



Samba Esquema Novo é o primeiro álbum de estréia de Jorge Ben, cantor, violinista e compositor. O lançamento foi em 1963, antes do álbum a CBD lançou um 78 rotações para testar a recepção do público, que por sinal foi muito boa e o disco teve uma vendagem bem expressiva para a época (100 mil cópias). O disco tem como banda de apoio Meirelles e os Copa 5 (hoje associados ao Samba Jazz), produção de Armando Pittigliani, e os arranjos por conta de J. T. Meirelles (do Copa 5), Carlos Monteiro de Souza, Gaya, Luiz Carlos Vinhas e Jorge Ben. 

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Tony Bizarro - 1977 - Nesse Inverno (CBS)




Em 1977, depois de fazer parte da dupla roqueira Tony & Frankye, Tony Bizarro resolveu apostar na onda de black music que invadia o país e gravou o álbum Nesse Inverno, resgatado agora pela série Columbia Raridades, que o titã Charles Gavin produziu para a Sony. Ouvi-lo em 2001 provoca um efeito colateral: saudades do insuperável vozeirão de Tim Maia. Até que Bizarro não faz feio no papel de soulman. Com voz levemente rouca e a necessária atitude black, canta funks dançantes, como Não Pode (de Yara e Tulla), ou baladas românticas tingidas de soul, caso da faixa-título (parceria de Bizarro com Carlos Lemos).

Os arranjos de Lincoln Olivetti e Waltel Branco (que aparece erroneamente como Valter Branco, na precária ficha técnica da nova edição) esbanjam cordas, no melhor estilo disco, em faixas como Não Vejo a Hora (outra de Yara e Tulla) e Como Está Não Faz Sentido (do próprio Bizarro). Já a introdução de Que Se Faz da Vida (Yara e Tulla de novo) foi obviamente inspirada na trilha sonora que o norte-americano Isaac Hayes compôs para o filme Shaft. Difícil é engolir a versão funk de Adeus Amigo Vagabundo (de Frankye Adriano e Bizarro), um tributo piegas ao rolling stone Brian Jones, morto prematuramente em 1969, que soa fora de lugar ("tudo isso é passado, mas não podemos esquecer / que essa é a escola da vida e pagamos pra aprender / foi muito bom pra mim, mas bem melhor foi pra você"). Na verdade, é nas letras que o repertório de Bizarro mais falha.

Quem se der ao trabalho de usar uma lupa para ler a ficha técnica da contracapa original do LP (reduzida para caber no formato do CD), vai encontrar um elenco de músicos de primeira linha, como Lincoln Olivetti (piano elétrico, sintetizador e mini-moog), Robson Jorge (guitarra, órgão e clavinet), Mamão (bateria e harmonizer) e Zé Bodega (sax tenor), além da participação especial de Paulo Moura (sax soprano). O tempo acabou provando: como soulman, Tony Bizarro estava longe de ser um Tim Maia. Ainda assim, Nesse Inverno serve como veículo para uma reveladora viagem sonora pela década em que o pop brasileiro tentou virar black.(Carlos Calado)

http://cliquemusic.uol.com.br/discos/ver/tony-bizarro/nesse-inverno

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terça-feira, 8 de maio de 2018

Watusi Trumpets - Claus Ogerman and His Orchestra - 1965 (Reel to Reel) RCA Victor



Repost de um álbum clássico dos bailes blacks agora em alto nível, em fita de rolo, ou seja, é uma cópia direta do master original. Esse tipo de mídia foi inserido no mercado americano no final dos anos 50 com a evolução do som monofônico para o stereofônico e nos anos 60 se popularizou pela fidelidade sonora e sem os ruídos do vinil.

Claus Ogerman nasceu com o nome Klaus Ogermann em Ratibor, Prússia (na época um estado alemão - hoje Racibórz na Polonia). O nome Calus Ogerman ele se deu mais tarde nos Estados Unidos. Ogerman iniciou sua carreira com o piano. Ele é certamente um dos maiores arranjadores do século XX e tem estado presente nos principais sucessos do rock, Pop, Jazz, R&B, Soul, Easy listening, Broadway e música clássica. O número exato de artistas que tiveram arranjos feitos por Ogerman durante sua carreira ainda não foi determinado.

Na década de 1950, ogerman trabalhou na Alemanha como arranjador e pianista com Kurt Edelhagen, Max Greger e Delle Haensch. Um fato interessante a mencionar nesse período é que Claus (então Klaus) também participou algumas vezes como vocalista e gravou diversos Eps em 45 rpm sob o pseudônimo de "Tom Collins", fazedo dueto com Hannelore Cremer - e também gravou um vocal solo com o Delle Haensch Jump Combo. Em Outubro de 1959 emigrou para os Estados Unidos e se juntou ao produtor musical Creed Taylor da Verve Records. Conhece Quincy Jones, então chefe de A&R da Mercury Records, que o incumbe de vários arranjos, entre eles em 1963 o hit "It's My Party", de Leslie Gore. Rapidamente faz um nome como arranjador trabalhando nos vinte anos seguintes com várias estrelas da música pop, desenvolvendo e consolidando o seu estilo próprio, usando elementos da música clássica. Com a chegada da Bossa Nova, encontra Antonio Carlos Jobim, com o qual desenvolve um longo trabalho. Entre 1959 e 1979, trabalha com vários músicos, como arranjador e produtor, entre eles Stan Getz, Astrud Gilberto, João Gilberto, Bill Evans, Wes Montgomery, Cal Tjader, Oscar Peterson, Stanley Turrentine, Geroge Benson, Frank Sinatra, Barbara Streisand, Sammy Davis Jr.

A Verve foi vendida para a MGM em 1963. Claus Ogerman, admite na publicação Jazzletter de Gene Lees, que arranjou cerca de 60 a 70 álbuns para a Verve sob a direção de Creed Taylor entre 1963 a 1967. Em 1967 ele se junta a Creed Taylor na gravadora A&M/CTi.

Em 1979, retira-se do mercado comercial de música, dedicando-se à composição e ao arranjo de peças clássicas. Nesta época criativa, ele rejeita trabalhos de nomes importantes tais como, Prince, Ella Fitzgerald, Dee Dee Bridgewater, Wynton Marsalis e Tony Bennett.

Somente em 2001 ele volta ao mercado comercial, trabalhando para a pianista de jaz canadense Diana Krall em seu álbum The Look of Love, e regeu a Orquestra em seu DVD "Live in Paris".

Foi nomeado dezesseis vezes para o Grammy, ganhando o troféu por seu arranjo para o tema de George Benson "Soulful Strut".

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sexta-feira, 4 de maio de 2018

Tim Maia - 1976 - Rodésia (Versão Alternativa)





Lançado em 1976. Catálogo Polydor 2451.091
Disco com mixagem diferente em várias faixas, versão recolhida.

Tim Maia: Bateria, percussão, guitarra, flauta e vocais
Reginaldo Francisco: Teclados e vocais
Carlos Simões: Baixo
Antonio Pedro: Baixo "funky machine", percussão e vocais Paulinho Batera: Percussão e bateria Paulinho Roquete: Guitarra ritmo José Mauricio: Guitarra ritmo Paulo Ricardo: Guitarra solo, percussão e vocais Antônio Claudio, Luiz Mendes Jr. e Gastão Lamounier: Vocais

A postagem é sobre o álbum de 1976 do Tim, muitos não sabem mas existem duas versões de disco, a oficial que todos nós conhecemos, e a versão "Alternativa", que foi a primeira prensagem em vinil. O fato que Tim Maia após a fase "Universo em Desencanto" estava mal das pernas, foi convidado pelo diretor artístico da Phonogram (Polygram/Philips) a gravar um novo álbum pelo selo Polydor, selo esse que foi o responsável pelos quatro discos de muito sucesso lançados entre 1970 a 1973.

O novo álbum já estava pronto, e o produtor decidiu fazer algumas alterações na mixagem feita originalmente por Tim, a primeira faixa tem um envelopamento no baixo, realçando ele em relação ao resto do arranjo, algumas faixas tem um fade out que encurta em 30s o disco. Mas a maior alteração foi na faixa Brother, Father, Sister and Mother, onde o solo original do Paulinho Guitarra foi alterado pelo do Marcelo Sussekind a pedido do produtor, enquanto o solo de Paulinho tem a verve soul, o solo de Sussekind tem uma pegada rock n' Roll. Tim ficou possesso e mandou recolher os lps "alterados", que já estavam em circulação.

(Informação confirmada pelo próprio Paulinho Guitarra).

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Álbum restaurado e convertido em FLAC.

Jorge Ben - 1963 - Samba Esquema Novo (Lp Mono 1963) Philips - P 632.161 L